segunda-feira, 15 de agosto de 2011


Dou uma importância relativa às coisas, trato as coisas materiais como coisas materiais, o dinheiro como dinheiro, os animais como animais e as pessoas como pessoas, não gosto nunca de deixar de me lembrar da ordem das coisas nem da importância de cada uma, não gosto de excessos em nada, não gosto de gostar de nada exageradamente, o amor que depositamos nas coisas quer-se equilibrado e não forçado.

Cansam-me as excessivas solidariedades.
De repente todos amam, cuidam e preocupam-se desmedidamente com os animais que vivem em associações, espalham correntes de amizade pela Web fora, e às tantas, sem darem conta, tornam-se cansativos. Eu que não tenho nem gato nem cão, nem periquito nem peixinho, sinto-me uma malvada.
A tarefa destes “lavadores cerebrais” tem dias em que é bem conseguida. Há dias em que estou mais sensível e aquelas longas missivas dos simpatizantes/amigos/militantes do PAN assentam-me como uma luva, e dá-me uma enorme vontade de ir a correr à Liga Protectora dos Animais buscar um cão, não por vontade de o fazer, mas só para não me sentir uma “sem-cão”, uma culpada.

Mas atenção, eu gosto muito de animais, muito mesmo, mas detesto que me impinjam coisas, portanto, jamais seria pessoa para adoptar um cão impingido. 

3 comentários:

  1. Não tinhas uma cadelita? Ai, que tou a esclerozar.

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  2. É da minha mãe. Pertenceu-me em tempos.

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  3. Eu também sou como tu... adoro animais e sempre os tive! Mas também não gosto que me impinjam coisas, sejam animais ou outra coisa qualquer...

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