segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Resumo

Faz sentido novamente, sempre fez sentido, voltou a fazer sentido, fará sempre sentido, eu sempre soube que fazia sentido.
E agora que tudo faz sentido novamente, estou feliz mas com medo, mas a felicidade é superior ao medo. E é pena hoje não estar a chover. Eu dançaria à chuva.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011


Passei dez anos da minha vida a acreditar numa pessoa que julguei ser minha amiga, ainda hoje a considerava amiga, mesmo actualmente estando distante dela, lembro-me dela com frequência, sempre ocupou um lugar de destaque na minha vida. Considerei-a muitas vezes uma mãe.
Hoje, descubro, assim, a frio, que a pessoa traiu-me o tempo todo, todos os dias, a todas as horas das mais variadas formas e nos mais variados contextos. Traiu-me em actos, palavras, consentimentos, sentimentos, foi cínica, hipócrita, falsa, enganou-me e humilhou-me. Sorriu para mim sempre com falsidade, deu-me um ombro para chorar sempre que precisei quando foi ela que contribuiu todas as vezes para a minha dor.
Não podia estar mais triste nem mais desiludida.

Não sou muito dada a pintura, mas tive, por obrigação, que estudar algumas obras de pintores famosos.
Não compreendo pintura, não sei interpretar um quadro, não sei analisar uma obra, não compreendo a ordem das pinceladas nas telas, e tenho, na maior parte das vezes, dificuldade em compreender a ideia subjacente.

Aos catorze ou quinze anos descobri Frida Kahlo.
A primeira vez que vi um quadro da pintora foi num livro de pintura, nesse dia, ao contrário de todas as outras vezes, perdi cinco minutos a tentar perceber o quadro que ainda hoje é o meu eleito como sendo o melhor da sua obra. 

Fiquei curiosa e comprei um livro sobre a pintora. Depois desse livro comprei mais quatro. Hoje, considero-me uma mais ou menos entendida em Frida. 

Há uns anos fui ver uma exposição das suas obras ao CCB. “As duas Fridas” toca-me na alma, por toda a carga que carrega, por ser claro, real, sentimental e sofrido. Nunca, em meu entender, um quadro foi tão sentimentalmente objectivo. E há alturas em que eu me sinto exactamente como este quadro. Precisamente assim:


"Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor."
Frida Kahlo

quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Invejo todas as pessoas frias, invejo os incapazes de amar, de sentir, de se emocionarem. Invejo toda a gente que tem capacidade para viver a vida sem que nada nem ninguém os perturbe. A verdade é que, tudo se torna mais fácil quando somos desprovidos de sentimentos ou quando tudo consideramos pormenores sem qualquer relevância.

Depois existirão certamente aqueles que dirão que é triste viver com o coração fora do corpo. 
Esses – aqueles que o afirmam - são provavelmente os que mais sofrem, os que choram, os que se emocionam, os que continuam a sonhar que a felicidade é possível de ser conquistada, os que acreditam nos outros, os que acham que ainda há gente capaz de falar com o coração. 
Os que choram, sentem, tropeçam, e nunca aprendem, são felizes com o pouco que lhes dão. O pior é quando lhes tiram esse pouco, assim, do nada.
"Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível."
Lei de Murphy

domingo, 11 de setembro de 2011

Tenho guardados na memória uns quantos momentos importantes que aconteceram na minha vida. Foram momentos de tal maneira intensos que, pensando neles, consigo recordar os mais pequenos pormenores.
Se houvesse possibilidade de guardar momentos, eu gostaria de guardar numa caixinha muitos daqueles que acontecem nas chegadas do aeroporto. Encontram-se corações, matam-se saudades, chora-se a felicidade e explode a alegria. São momentos de puro deleite para quem assiste, e de puro êxtase para quem os vive.
Os abraços, os beijos, os olhares e a alegria daqueles que se reencontram, carregam a intensidade de todos os meses ou anos de espera por aquele dia.
Mas aquele momento nunca é como imaginámos, mas é certamente sempre mais intenso, mais feliz e mais apaixonante.

sábado, 3 de setembro de 2011


Hoje vou descobrir (ou não) como é que se mantém em sossego uma criança de 8 meses dentro de um avião. MEDO!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


Todas as situações marcantes da minha vida acontecem sempre no primeiro trimestre do ano, se no primeiro trimestre não acontecer algo de marcante, é certo que o resto do ano passo o tempo todo dentro da normalidade do dia-a-dia.

Faço anos em Março, a minha filha nasceu em Janeiro, mudo sempre de casa no primeiro trimestre do ano, todas as minhas relações acabaram no primeiro trimestre, algumas também começaram no primeiro trimestre, os meus empregos começam sempre no inicio do ano, todas as más notícias que tive até hoje e que marcaram a minha vida soube-as em Janeiro/Fevereiro.