sábado, 7 de janeiro de 2012

07/01/2012 - Um ano de ti.

Esta manhã acordei e percebi que este dia se tornou no dia mais importante da minha vida. Celebrar o meu aniversário não faz nem um terço do sentido, nem da felicidade, que é festejar o teu, minha filha.
Faz hoje um ano que fizeste de mim a mulher mais feliz do mundo.

Um dia, quando cresceres, quero que leias estas palavras que te escrevo. Quero que leias o tamanho do amor que sinto por ti, quero que saibas que és o centro do meu mundo, és o bem mais precioso que tenho.
Quero que Deus me dê a oportunidade de durante muitos anos sentir a tua mão na minha mão, ver-te sorrir, saber-te feliz, viver os teus dramas, olhar o mundo pelos teus olhos, ser tua amiga, tua mãe e tua companheira.

Este ano foi repleto de felicidade. Nasceste, cresceste, deste os teus primeiros passos, disseste as tuas primeiras palavras, fizeste-nos sorrir muitas vezes. Encheste as nossas vidas de alegria com a tua presença.

E a partir de hoje estamos prontos para mais um ano de Matildices.

Parabéns, minha filha.

Da tua mãe que te ama,

domingo, 20 de novembro de 2011

Natal e coiso e tal.

Este Natal, ao contrário de todos os outros anos, decidi que não vamos ter árvore de natal. Se já é demasiado penoso imaginar que com uma filha de 10 meses teria de andar de cu para o ar a apanhar bolas do chão, consegue ser três vezes mais penoso, dadas as dimensões do bicho, imaginar o meu cu nesses propósitos.

Também não vamos ter presépio. Já é suficientemente mau ter nascido burro ou vaca, não será necessário agravar a vida dos bichos com Madame Matilde a chuchar-lhes a cabeça.

Também não vamos ter bacalhau cozido, vamos antes ter bacalhau com broa. Não por causa da Matilde (essa prefere mil vezes arroz de bacalhau), mas sim por causa da mãe da Matilde que acha que bacalhau cozido é um suplício gastronómico demasiado grande. Já basta não ter árvore de natal para arruinar o meu natal, não há necessidade de lhe juntar o bacalhau cozido.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Felicidade é...

A cabeça da mãe no colo da avó, a minha cabeça no colo da mãe e a da Matilde no meu colo.
Podia ser assim para sempre :)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Resumo

Faz sentido novamente, sempre fez sentido, voltou a fazer sentido, fará sempre sentido, eu sempre soube que fazia sentido.
E agora que tudo faz sentido novamente, estou feliz mas com medo, mas a felicidade é superior ao medo. E é pena hoje não estar a chover. Eu dançaria à chuva.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011


Passei dez anos da minha vida a acreditar numa pessoa que julguei ser minha amiga, ainda hoje a considerava amiga, mesmo actualmente estando distante dela, lembro-me dela com frequência, sempre ocupou um lugar de destaque na minha vida. Considerei-a muitas vezes uma mãe.
Hoje, descubro, assim, a frio, que a pessoa traiu-me o tempo todo, todos os dias, a todas as horas das mais variadas formas e nos mais variados contextos. Traiu-me em actos, palavras, consentimentos, sentimentos, foi cínica, hipócrita, falsa, enganou-me e humilhou-me. Sorriu para mim sempre com falsidade, deu-me um ombro para chorar sempre que precisei quando foi ela que contribuiu todas as vezes para a minha dor.
Não podia estar mais triste nem mais desiludida.

Não sou muito dada a pintura, mas tive, por obrigação, que estudar algumas obras de pintores famosos.
Não compreendo pintura, não sei interpretar um quadro, não sei analisar uma obra, não compreendo a ordem das pinceladas nas telas, e tenho, na maior parte das vezes, dificuldade em compreender a ideia subjacente.

Aos catorze ou quinze anos descobri Frida Kahlo.
A primeira vez que vi um quadro da pintora foi num livro de pintura, nesse dia, ao contrário de todas as outras vezes, perdi cinco minutos a tentar perceber o quadro que ainda hoje é o meu eleito como sendo o melhor da sua obra. 

Fiquei curiosa e comprei um livro sobre a pintora. Depois desse livro comprei mais quatro. Hoje, considero-me uma mais ou menos entendida em Frida. 

Há uns anos fui ver uma exposição das suas obras ao CCB. “As duas Fridas” toca-me na alma, por toda a carga que carrega, por ser claro, real, sentimental e sofrido. Nunca, em meu entender, um quadro foi tão sentimentalmente objectivo. E há alturas em que eu me sinto exactamente como este quadro. Precisamente assim:


"Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor."
Frida Kahlo

quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Invejo todas as pessoas frias, invejo os incapazes de amar, de sentir, de se emocionarem. Invejo toda a gente que tem capacidade para viver a vida sem que nada nem ninguém os perturbe. A verdade é que, tudo se torna mais fácil quando somos desprovidos de sentimentos ou quando tudo consideramos pormenores sem qualquer relevância.

Depois existirão certamente aqueles que dirão que é triste viver com o coração fora do corpo. 
Esses – aqueles que o afirmam - são provavelmente os que mais sofrem, os que choram, os que se emocionam, os que continuam a sonhar que a felicidade é possível de ser conquistada, os que acreditam nos outros, os que acham que ainda há gente capaz de falar com o coração. 
Os que choram, sentem, tropeçam, e nunca aprendem, são felizes com o pouco que lhes dão. O pior é quando lhes tiram esse pouco, assim, do nada.